quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pneumonia


A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos.

Esta doença é muito freqüente e afeta pessoas de todas as idades. Muitas destas, anualmente, morrem por pneumonia. A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais freqüente.

Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos mecanismos de defesa do organismo.


A pneumonia pode desenvolver-se por três mecanismos diferentes:

  • Um deles, bem freqüente, ocorre quando a pessoa inala um microorganismo, através da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença.

  • Outra maneira freqüente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam sendo aspiradas para um local do pulmão.

  • A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção.

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Mecanismos de proteção


É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microorganismos.

O primeiro deles ocorre no nariz, onde grandes partículas são filtradas, não podendo chegar até os pulmões para causar infecções.

As partículas pequenas, quando são inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os pulmões), são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão o reflexo do espirro, do pigarrear e da tosse, que expulsam as partículas invasoras, evitando as infecções (pneumonias).


Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a filtração que normalmente ocorre no nariz e a imunidade do organismo podem ficar prejudicadas, facilitando o surgimento de uma pneumonia.


Naqueles casos onde ocorre uma supressão dos reflexos citados acima, também há um maior risco de surgimento de uma pneumonia. Esta pode ocorrer quando, por exemplo, uma pessoa dorme alcoolizada, fez uso de sedativos, sofreu uma perda de consciência por uma crise convulsiva ou é portador de seqüela neurológica.


Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com microorganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa descritos anteriormente.


Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios envolvidos neste trabalho.


O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas (entra o oxigênio e sai o gás carbônico) e é onde agem os macrófagos. Estes são células especializadas na defesa do organismo e englobam os microorganismos que, porventura, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias.


O que se sente?






A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início.

A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.

Em idosos, confusão mental pode ser um sintoma freqüente, além da piora do estado geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo, por exemplo). Nas crianças, os sintomas podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre).

Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, por estar o sistema imune debilitado.

Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e sintomas do trato respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.


Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser feito apenas baseado no exame físico alterado e na conversa que o médico teve com seu paciente que relata sinais e sintomas compatíveis com a doença. Os exames complementares são importantes para corroborar o diagnóstico e ajudarão a definir o tratamento mais adequado para cada caso.

Normalmente, o médico utiliza-se dos exames de imagem (raios-X de tórax ou, até mesmo, da tomografia computadorizada de tórax) e de exames de sangue como auxílio para o diagnóstico.


O exame do escarro também é muito importante para tentar identificar o germe causador da pneumonia. Com isso, o médico poderá prever, na maioria dos casos, o curso da doença e também definir o antibiótico mais adequado para cada caso.


A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de internação.


Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) poderá ser necessária.


Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por via oral ou através de injeções, que podem ser na veia ou no músculo.


Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória como auxiliar no tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios, vibradores no tórax e tapotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar as secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.


Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar as condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta apropriada, oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre.


Nos casos de pneumonia por parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.



Prevenção


Como já foi mencionado anteriormente, muitas vezes uma gripe ou resfriado podem preceder uma pneumonia. Para tentar evitar isso, vacinas foram criadas.


Existe no mercado a vacina contra o vírus influenza e outra contra o pneumococo, que podem diminuir as chances do aparecimento das doenças causadas por estes germes.

Devemos lembrar que estas vacinas devem ser feitas antes do início do inverno, preferencialmente.


A vacina contra o vírus influenza deverá ser feita anualmente em idosos e naquelas pessoas com maior risco de ter uma pneumonia. A vacina contra o pneumococo deverá ser feita em idosos e naquelas pessoas com o vírus do HIV, doença renal, asplênicos (pessoas que não tem o baço, órgão que também ajuda na defesa do corpo), alcoolistas ou outras condições que debilitem o sistema de defesa do organismo. Esta vacina tem a duração de aproximadamente cinco anos.


Em alguns casos, deverá ser repetida após o término deste período. Em casos selecionados, a vacina contra o Haemophilus influenzae deverá ser aplicada. Ele também é um germe freqüente que pode causar pneumonias. Existem outras vacinas, contra outros germes, que ainda estão em estudos.


Medidas simples para prevenção de pneumonias incluem cuidados com a higiene, como a lavagem de mãos com sabonetes simples.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico


Durante quanto tempo deverá ser usado o antibiótico para o tratamento de uma pneumonia bacteriana?

Qual o tratamento indicado para uma pneumonia viral?

Quanto tempo leva para uma radiografia de tórax mostrar um resultado normal, após o tratamento de uma pneumonia?

Quais as complicações que podem ocorrer com uma pneumonia?

Qual a importância de se descobrir o microorganismo causador da pneumonia?

sábado, 19 de junho de 2010

FUNGOS

Certos fungos estabelecem associaçoes com algas e as cianobactérias (formando os liquens) e com as raízes das plantas(formando as micorrizas). alguns são comestíveis- os cogumelos-, enquanto outros são usados para a produção de alimentos (bebidas alcoólicas, queijos, pão ) e de uma grande variedade de produtos químicos - inclusive de medicamentos importantes, como antibióticos. Essa variedade extraída dos fungos pode ser aplicada pelo fato de que, sendo imóveis, uma de suas defessas contra predadores consiste na produção de substâncias químicas ( tais substâncias matam ou inibem o crescimento de bactériase outros sere vivos que se nutrem ou disputam alimentos com os fungos).

FUNGOS

De todo os seres vivos, os fungos são, sem dúvida, os que possuem a mais rica coleção de enzimas digestivas. este fato faz dos fungos -ao lado das bactérias- os principais decompositores do planeta. Consequentemente, eles são importantes na reciclagem da matéria do ecossistema. A variedade de enzimas permite que eles ataquem praticamente qualquer tipo de material, como madeira, papel, legumes, frutas, cereais, carnes, causando, nestes casos, prejuízo ao homem. Diversos fungos são parasitas, atacando plantaçõe e animais, inclusive o homem , e causando doenças chamadas micoses.

AS PRINCIPAIS MICOSES SÃO:
  • Sapinho( monilíase ou candidíase)

  • Frieira ou pé-de-atleta
  • Pelada (queda de cabelo)
  • Aspergilose pulmonar
  • Micoses da pele


Infecção micótica dos folículos pilosos e invasão da pele e tecido subcutâneo. Os fungos liberam tricofitinas, substâncias tóxicas responsável pela inflamação.




Aspecto macroscópico ou clínico de uma dermatofitose (nome geral que se dá às doenças de pelos fungos).


As "impingens" compreendem diversos tipos de micoses cutâneas. A piteríase é um desses tipos.







É um caso de dermatofitose (micose da pele) na axila.













Onicomicose. Ela é uma infecção micótica que afeta a estrutura da(s) unha(s) e é também chamada de tinha das unhas.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

As principais Doenças causadas pelos microrganismos Prodozoários

Mal de Chagas

Transfusão de sangue
Congênita
Amamentação
Transmissão por insetos (Barbeiro)

Protozoário (parasita)
Trypanosoma cruzi



Locais preferidos por barbeiros







TRANSMISSÃO

No momento em que o barbeiro pica ele também defeca, a pessoa coça o local da picada se auto-infectando, havendo um novo ciclo dentro de seu organismo

Sintomas

Fase aguda -------> febre, hepatomegalia, miocardia aguda e meningoencefalite

Fase crônica----------> cardiomegalia, megaesôfago e megacólon.



Leishmaniose tegumentar ou Úlcera de Bauru

Sintomas
O aparecimento dos sintomas variam de algumas semanas até meses
Feridas na pele
Feridas na região nasal (interna e externamente), faringe.









Giardíase

Parasita à Giardia lamblia
Hospedeiro definitivo: Ser humano
Local do parasitismo: intestino delgado

SINTOMAS

Náuseas
Azia
Diarréia
Perda de apetite
Irritabilidade
Fezes com odor fedido acompanhada de gases.



TRICOMONÍASE

Causador: Trichomonas vaginalis
Transmissão: É considerada doença sexualmente transmissível, embora raramente, possa ser transmitida por vias não sexuais, como por exemplo, objetos contaminados (toalhas, vasos sanitários de locais públicos etc.)

Sistomoas: No homem, a sintomatologia é mais discreta: corrimento uretral, geralmente pela manhã, antes da primeira micção, bem como irritação da uretra. Na mulher, corrimento abundante, amarelo ou amarelo-esverdeado, com mau cheiro; vaginite e uretrite, etc

Conhecendo os microorganismos PROTOZOÁRIOS

Características dos Protozoários
A
ntigamente eram classificados como animais por apresentarem nutrição heterótrofa; A forma mais comum de reprodução é a bipartição ou cissiparidade; As doenças causadas por protozoários são chamadas de protosooses; Os grupos de protozoários são classificados pelo seu mode de locomoção.

Os Protozoários podem ser fixos ou se deslocar através de cílio, flagelos ou pseudopodes.
De acordo com o tipo e a presença ou não dessas organelas locomotoras, os protozoários classificam-se em:

Sarcodíneos ou Rizópodos

Locomoção por pseudópodos.

Nutrição por fagocitose.

Digestão intracelular.

Vida livre (aquáticos) ou parasitas.

Vacúolos Pulsáteis ou Contráteis para controle osmótico.

Reprodução assexuada por divisão binária.

Nome genérico è Amebas.

Ex.: Amoeba proteus (vida livre) e Entamoeba histolytica (parasita).


Movimento por pseudópodes




FLAGELADOS ou MASTIGÓFAROS

Locomoção por flagelos.

Mutuakísticos ou parasitas.

Digestão intracelular.

Reprodução assexuada por divisão binária.

Ex.: Trichonymphas sp. (mutualístico), Trypanosoma cruzi (parasita), (parasita), Giardia lambiaLeishmania brasiliensis (parasita)




CILIADOS


Digestão intracelular; Macro e micronucleo; Vacúolos Pulsáteis ou Contráteis; Excreção pelo citoprocto; Vida livre, mutualísticos ou parasitas; Reprodução assexuada por divisão binária e sexuada por conjugação; Locomoção por cilios.

Ex,: Paramaecium spp (vida livre), Balantidium coli (parasita).





ESPOROZOÁRIOS

No grupo dos esporozoários encontram-se os protistas que não têm qualquer tipo de sistema de locomoção; Todos eles são parasitas obrigatórios; O nome "Apicomplexos" vêm de uma parte do protista, responsável pela perfuração da membrana celular das futuras células hospedeiras; Os mais comuns são do gênero Plasmodium, que causam a Malária, e do gênero Toxoplasma, que causam a toxoplasmose.










terça-feira, 8 de junho de 2010

Os microorganismos e a saúde humana



Quando pensamos na relação entre os microorganismos e a saúde humana, a primeira idéia que nos surge é uma só: doenças. Sem dúvida este é um aspecto importante, mas a nossa relação com os microorganismos é muito mais do que isso. Em nossa pele, ouvidos, cavidade oral e vias aéreas superiores, órgãos genitais e principalmente no aparelho digestivo, mais significativamente nos intestinos pululam microorganismos, especialmente bactérias, sendo as mais comuns dos gêneros Staphylococcus e Streptococcus. Esta relação é tão íntima e importante que alguns pesquisadores chegam a afirmar que não somos inteiramente humanos. Parece exagero, porém há muito se sabe que 50% a 70 % do peso seco das fezes humanas é composto de microorganismos. Mas, os números são mais surpreendentes ainda. Há estimativas de que algo em torno de 90% das células que formam nosso intestino são compostas por bactérias - são aproximadamente 100 trilhões de microorganismos, com mais de mil espécies. Estima-se também que somente na boca haja pelo menos 800 espécies.


Mas, qual a importância delas para nós? Nossos intestinos são somente um reservatório de bactérias e outros microorganismos? A resposta é também surpreendente, pois estes minúsculos seres, que formam a chamada flora intestinal, realmente tiram proveito do local em que se encontram, obtendo proteção e nutrientes, mas nós também dependemos deles para as mais variadas funções. Muitas bactérias que ali residem sintetizam vitaminas como a K e algumas do complexo B, ajudam a degradar substâncias do nosso próprio metabolismo e outras como fibras e açúcares que não somos capazes de metabolizar. Além disso, a competição com outros microorganismos danosos ao nosso organismo que eventualmente venham a invadi-lo garante que estes não se proliferem. Muitas doenças estão relacionadas a este desequilíbrio entre a presença ou ausência dos microorganismos que residem em nós. Há ainda muito a ser investigado sobre a nossa relação com os microorganismos.

A dança dos protozoários